quinta-feira, 17 de agosto de 2017

San Gregório, Estreito de Magalhães Chile.


2006














Nesta foto do Renato Gama, eu encostado na Verdinha e a Escalibur na fila da balsa para atravessar o Estreito de Magalhães.
A ida a té Ushuaia  etc.. você pode ver aqui . Mas na volta, desembarcando nessa mesma praia ao sol poente, nosso plano era seguir direto para Puerto Natales próximo a Torres del Paine nosso objetivo seguinte, mas comecei a sentir o carro sem desempenho, estranho, sufocado...

Passei um rádio para o Gama alterando o combinado: Alô Gama?! Tas vendo aquele luminoso no fim da reta escrito HOTEL? No meio do nada... Vamos parar lá...  e expliquei porque tinha que mexer no carro de dia, na manhã seguinte.

Chegamos escurecendo e entramos direto para o merecido descanso dos ossos - havíamos cruzado toda a Terra do Fogo desde Ushuaia até aqui...
O interior se mostrou muito interessante e da época quando essa casa era sede de uma fazenda de carneiros típicamente inglesa em 1800 e alguma coisa, mas com "acento" Chileno:

A Hospedaria Teluelche.
fotos Neno Brazil/passarazzi










































Bem cedinho no outro dia estava eu embaixo da toyota na frente do Hotel e constatei a falta de uma abraçadeira que deve ter ficado pelas estradas da Tierra del Fuego. saquei uma outra abraçadeira de mesma dimensões de uma função redundante e apertei o tubo do turbo que ficou 100%.

























A frente do Hotel já mostra a história daquela construção centenária.


 



Depois de um bom banho e um café da manhã razoável - os hotéis brasileiros sempre são superiores nesse quesito aos hotéis argentinos e patagônicos, a não ser nos top... partimos então pela excelente estrada chilena que levava a Puerto Natales margeando o Estreito de Magalhães no sentido oeste.
























 Mas de repente apareceu San Gregório! Se tivéssemos passado na noite anterior não teríamos visto deste modo:






































Parecia uma cidade fantasma ali na beira do Estreito de Magalhães.
Foi uma das melhores paradas para fotografia da viajem, estacionamos as viaturas e saímos um pra cada lado ...





















































E eu fui para a margem do estreito atrás dos prédios centenários em busca do meu maior interesse...




E encontrei vários representantes da fauna Maguellânica...








































Um Carcará igual aos nossos daqui, mas conhecido lá como Carancho e talvez seja a subespécie  Polyborus plancus.



O prêmio veio com o casal de "lifers" - primeiro avistamento/fotografia desta espécie - o Carranca e sua fêmea, Chloephaga hybrida um tipo de ganso selvagem local.





 Um Cormorán real e sua prole quase adulta Phalacrocorax albiventer...



Vários Cisnes-de-pescoço-preto, Cisne del cuelo negro  Cygnus melancoryphus



E esta família de Chiloé wigeon ou Marreca sibilatrix, Anas sibilatrix.


























Minha foto preferida dessa família.

Ao voltar da margem levei um susto, de um dessas janelas e portas vazias saiu um cara de repente.
Era um funcionario que me contou que aquela estrutura era usada uma vez por ano para reunir o rebanho e fazer a tosquia da lã da temporada. O resto do ano permanece assim vazia e silenciosa...

O Gama tinha ido para o outro lado e conferiu melhor a arquitetura daquele local:
Fotos Renato Gama:



















Como sempre deu um show com suas fotografias.











Nessa o Gama captou o tempo parado naquelas paragens...


Depois seguimos para Torres del Paine, mas essa é outra conversa...



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