A verdinha zerada depois da reforma pronta para ser provada nas rutas del sur...
Depois de instalar vários acessórios na garagem em Cacupé até as 4:00 horas da manhã da noite anterior, partimos as 9:45 rumo ao sul do mundo, o plano era vago: explorar a região patagônica e visitar as cordilheiras.
As duas são 1977, mas pelo menos a verdinha curta está mais bem equipada e montada para viagem do que a azul longa "queixo-duro" da 1ª viagem de 1992.
Dormimos em Jaguarão fronteira com Uruguai, que aliás fica na direção daquela neblina matinal.
A aduana era na ponte tive que voltar para declarar o equipamento etc...
Não lembrava mais dos trâmites, falta de prática.
O Uruguai estava ali do outro lado da ponte; Rio Branco é a ciudad do outro lado.
E lá do outro lado se encontra essas coisas de outras épocas...
E também coisas inusitadas nas rutas.
Como alguns cemitérios de automóveis que é melhor malucos como eu não visitar...
A rambla de Montevideo em janeiro de 2005.
Apart no centro velho e a Toya fazendo sucesso ainda novinha...
Simon Bolívar
Caminho para Colônia del Sacramento no sul do Uruguai.
Perdemos o melhor horário da barca em Colônia e resolvemos ir atravessar o rio pela ponte, por Fray Bentos.
Atravessando a região da "mesopotâmia" atropelamos inúmeros insetos inclusive abelhas.
Pit-stop em Buenos Aires: pela primeira vez na capital portenha nos apaixonamos pelo Café Tortoni ao lado do hotel na Avenida de Mayo.
Depois fomos até Puerto Madrin e visitamos a Península Valdes.
Acima a verdinha na praia de Puerto Pirâmides, nas fotos pequenas leões marinhos e pingüins da Península.
Infelizmente não mergulhei mas a água estava ótima para un buceo apesar de um pouco fria.
Passando por Punta Delgada que é a ponta sul da península temos a única oportunidade para comer comprar água ou ir no banheiro em toda a o Parque da Península Valdes.
Então aproveitamos para almoçar olhando para o norte e apreciando a Caleta Valdes um braço de mar que corre paralelo a costa leste da península como um pequeno fiorde. A Caleta cheia de vida de Elefantes marinhos, pingüins e outras aves marinhas.
Depois nos hospedamos na Estância La Ernestina e visitamos uma praia repleta de pingüins e outra de leões-marinhos que ficam dentro da estância.
Naquele dia da nossa visita à praia dos pinguins, contra a metereologia habitual, choveu e saiu até um raro arcobaleno.
Um dos caminhos da península, que deve ser explorada com bastante tempo (saia cedo, ou se hospede dentro do parque, na península.)
Depois da península saímos da punta-norte direto para a travessia da Patagônia central até Esquel.
O plano era esse com uma parada em Passo de los índios, mas tres dias pelas estradas da península soltaram os parafusos do motor de arranque da Toya ainda no primeiro terço da travessia.
Eu tinha feito o motor do jipe e alguém não apertou os parafusos do arranque copmo deveria.
Quebrou num local difícil, mas fomos ajudados por Rodolfo e Beatriz que voltavam de férias com os filhos par Esquel. Eles nos apresentaram o Mário e sua oficina que fez um excelente trabalho e preço.
Com a Toya consertada encaramos os Sete Lagos no Parque Nacional Los Alerces para Bariloche.
A Chi achou uma outra paisagem no lago...
E era lago atrás de lago, acho que eram mais de sete...
Este é o Cerro Catedral em San Carlos de Bariloche.
Formação rochosa do Cerro Catedral com a superfície do lago Nahuel Huapi lá em baixo a 777 msnm.
Eu no makingof da Chi.
San Carlos de Bariloche visto do outro lado do lago, acima da cidade o Cerro Catedral...
Decidimos ir para o Chile por um Passo não muito usado e de terra batida, rípio, e não havia placa nenhuma.
O mapa e o GPS apontavam para lá, mas os argentinos, perguntados se o Chile era para lá, resmungavam : no sé! no conosco! Eu só queria saber a próxima cidade, pois meu mapa era argentino e o lado chileno do mapa...
Era o Passo Caririñe 1150 m.s.n.m.
E era por ali mesmo, depois costeamos o vulcão abaixo e nem percebemos, estava nublado.
Norte do lago Villarica fica Pucón balneário e estação de esqui aos pés do vulcão do mesmo nome, um dos mais ativos da América do Sul. No cartaz da operadora da para ver o Villarica e o Lanin ao fundo.
Em Pucón aproveitei para organizar as coisas no carro e troquei a bateria por uma nova de reserva, pois a que foi rodando apresentou uma queda de rendimento e eu preferi garantir o arranque no frio...
Só quando saímos da van no outro dia é que pudemos ver o vulcão fumegante que iríamos escalar.
Do teleférico pra cima o ar se tornou mais claro e rarefeito. Subimos num grupo de oito com um guia de montanha o Joachin. A proposta é ir além daquela curva de neve onde sai a fumaça...
Chegamos além da curva e o vento estava insuportável de forte e frio eram só 2500 msnm ainda faltava subir mais 300 até a cratera.
A Chi mal conseguia respirar devido ao vento.
Nosso guia se informou com um snowborder que voltava: Muito vento e gas.
GAS?!
É tá vendo aquela fumaça azul?
Sim.
É gaz sulfúrico, é melhor voltar daqui...
Simbora!!!
E descemos escorregando pela neve , eles chamam de Culipatim! Tradução: esquibunda!
No outro dia, quando íamos embora, via-se o Villarica de todo lugar de Pucón, estava um dia lindo.
Descemos o Chile em direção a Puerto Montt e pela Ruta 5 contornamos o Lago Osorno e a Chi clicou o Vulcão Osorno on the road...
Pegamos uma balsa para Chiloé atras de um pouso...
A idéia era conhecer a ilha de Chiloé até seu estremo sul: Quellón; de lá pegaríamos um navio para Puerto Aissen ou Chaitén.
Cisnes del cuello negro em Ancud.
Pensei ter visto a praia mole (Fpolis SC) perto de Ancud!?
Em Castro, capital da Ilha, nos hospedamos no El Unicórnio Azul, que era paradoxalmente rosa...
De cima da torre do El Unicórnio o santo vigia o porto.
Castro existe desde 1560, o que me surpreendeu, é um excelente porto, mas fica lá nos confins de muitas ilhas geladas da costa sul chilena e os espanhóis o descobriram só sessenta anos depois de Cabral aparecer aqui na Bahia de todos os Santos.
Oceano Pacífico na costa oeste de Chiloé - Parque Nacional Chiloé.
Lago Cucao deságua na praia de mesmo nome que parece ser uma espécie de meca neohippie...
Este pasto é para as ovelhas...
As Bandurillas, que aqui chamamos Curicacas nos acordavaram como todos os dias no Unicórnio Azul.
Estava planejado ir de barco para Chaitén via Quellon no sul da ilha de Chiloé, mas segui um conselho equivocado (um casal de guias 4x4 numa L-200 de SP) e acabamos perdendo o barco de Hornopiren no continente e desistimos de ir mais ao sul do Chile.
Da estrada para ir e voltar de Hornopiren observamos no mar os criadouros do salmão que a gente come aqui no sushi da esquina... No detalhe: aquele ponto azul é uma guarita!... Hoje medindo atravéz do GoogleEarth vejo que tem 30 por 114 metros!
E as marés lá são expressivas...
No caminho asfaltado para o passo Cardenal Samoré, que nos levaria a Bariloche na Argentina, fizemos um desvio e subimos na direção do Hotel (e pista de esqui no inverno) Antillanca.
Ao chegar só reservei nosso quarto e subimos a Cratera Raihuén, do Volcán Casablanca em Antillanca.
No inverno isso aqui fica coberto de neve e muitos esquiadores e snowborders sobre ela.
O caminho da descida ao por-do-sol chileno ficou fotogênico.
Muito depois vi este mesmo caminho com neve num programa de TV brasileiro que falava de Snowboard.
O Hotel/Sede do Clube Andino Antillanca - Portal de la Patagonia Chilena.
Todo de madeira devidamente quente para o local e rusticamente confortável, o Hotel recebe
300 hóspedes/dia para o jantar na temporada, sem contar a equipe do complexo.
Em fevereiro de 2005 só nós dois e mais uma meia dúzia se tanto...
Dizem que foi por este caminho que Pablo Neruda fugiu da repressão chilena.
Pit stop no caminho de Antillanca na saída.
Retomamos a estrada para o passo Cardenal Samoré, estamos no verão, mas no inverno esta varinha de uns 3 metros ao lado da pista deve servir para encontrar a estrada.
Ao longe esta rocha nos lembrou um Leão-marinho da Península Valdes..
Depois da fronteira é necessário dar a volta ao lago Nahuel huapi e acabamos almoçando e ficando em Villa Angostura - um dos lugares mais bonitos que já conheci, incluindo a estrada e as construções...
E com tamanha beleza cênica pedi uma cerveza Araucana "negra" a mais e acabemos parando na suíte da torre deste hotel que reflete na manhã seguinte no lago Nahuel huapi: Bom dia Argentina!
Voltamos mais uma vez ao alto do Cerro Catedral sobre o imenso vale com o lago ao fundo.
Ainda volto aqui no inverno.
Nossa volta foi bem rápida batemos alguns recordes pessoais como Bariloche (foto na saída) até Baía Blanca num tiro só 950 km num só dia de estrada chegando a noite no destino...
Assim viemos até Buenos Aires, onde fizemos o último Pit Stop de um dia e seguimos para casa na nossa Ilha de Santa Catarina no Brasil.
Depois de atravessar o Prata com o Buquebus cairíamos na estrada pensando em talvez dormir em casa.
Passamos com a Toya pelos trâmites, embarcamos, desembarcamos e caímos na estrada, mas não contávamos com um incêncio que nos desviou pelo interior Uruguaio e...
Nos forçou a dormir em Pelotas, literalmente - ao lado a visão da primeira placa com o nome de Florianópolis causou uma pequena festa dentro da Toya, afinal era um mês de aventuras patagônicas que terminava bem até aqui.
Viemos até aqui tranquilamente e o Cacupé nos recebeu com um por-do-sol que fechou com chave de ouro a aventura.
E a verdinha de novo no estaleiro/garagem lá em casa 11500 km depois.
Muito boa a viagem, assim como as fotos.
ResponderExcluirEm 2012 irei até lá partindo daqui de Belém do Pará. Seré uma Delícia. Parabéns
Muito legal os posts!! estou partindo para a Chapada Diamantina de bandeirante também!! Alessandro Curitiba PR
ResponderExcluirParabéns pela viagem e posts. Você poderia me falar as configurações que os dois Bandeirantes apresentavam quando realizou as viagens? Sabe como? Itens de sagurança, conforto, upgrade motor. Isso pq estou ao$ pouco$ ajeitando o meu Band longo 1980 para viagens. Muito obrigado.
ResponderExcluirMarco Aurélio Salgado, Vitória ES