domingo, 26 de setembro de 2010

Primeira travessia Atlântico-Pacífico 1992



A primeira vez foi com a Toya Azul, ela era do modelo longo então eu apelidei ela de Aconcágua - grande. azul e branca em cima.


Naquela época eu fotografava com uma Yashica com cromos (slides) então as fotos que estão aqui foram scaneadas e não pude dar muito tratamento.
Fomos de Uruguaiana RS até Mendoza na Argentina sem fotografar a imensa planura do pampa, depois de Mendoza viramos para o norte e subimos a cordilheira pelos Caracoles (foto) até Uspallata.

Depois dos Caracoles pensavamos eufóricos: já subimos a cordilheira?!


Mas ainda era só a pré-cordilheira havíamos chegado somente a 2000 metros sobre o nível do mar.


Então ao começar a descer o Vale de Uspallata percebemos no horizonte o skiline da Cordilheira dos Andes própriamente dita, foi um momento emocionante. Enfim nos Andes!


A noite caía sobre o vale quando chegamos a cidade de Uspallata, é a última encruzilhada antes de se entrar no Parque Nacional Aconcágua para a travessia para o Chile.


Pernoitamos em Uspallata (era carnaval, vi um salão esperando foliões ao som de Paralamas do Sucasso em espanhol !) e na manhã seguinte entramos no P.N. Aconcágua em direção ao Chile. No parque todos se cumprimentam solidáriamente talvez pela sensação de humildade que a paisagem provoca na gente.


O vale é enorme e "entra" em direção ao pico do Aconcágua com o rio mendoza que corre para o lado Argentino sempre ao lado da estrada. Enormes vales perpendiculares se abrem ora para uma lado ora para outro, cada um mais bonito que o outro.


Os vales de rochas imensas fazem a gente se sentir no fundo de uma enorme erosão e geológicamente é o que é, com a água correndo do degelo sempre no fundo do vale.


Antes da entrada do túnel entra-se em zona militar fronteiriça, nada de fotos no complexo de fronteira do Passo Los Libertadores.


Antes de cruzar o tunel subimos no Cristo Redentor (4200msnm) no lado oposto do vale ao Aconcágua (6900 msnm)


La em cima, ao lado do caminho, havia gelo mesmo em fevereiro...


E o caminho era bem perigoso. Lá em baixo a estrada para o tunel fica a 3000 msnm.



As construções e o Cristo estão a 4200 msnm segundo  a placa


Não havia ninguém ali só nós e o jipe.



No outro lado do vale bem na nossa frente erguia-se majestoso o Aconcágua "a sentinela de pedra".


Laguna del inca é o que se encontra logo após sair do túnel no lado chileno, no inverno é uma estação de esqui.



E para descer até a costa vamos de 3000 a 2000 msnm. em uma dezena de curvas bem movimentadas.
Acredito que por aqui que se dá a maioria do tráfego de cargas po caminhões entre o Chile e o Cone Sul.


E enfim o Oceano Pacífico, e o primeiro por-do-sol no mar (gastei vários slides...) Quinteros Chile 1992.



Em Quinteros ao norte de Viña del Mar, fiz minha primeira e única tentativa de surfar no Chile aí mesmo na frente. Infelizmente não temos fotos do surf, o pico era longe quase no meio da baía e a tele era pequena para fazer essa foto.


Depois indo de Quintero para o norte costeando o Chile, vi umas ondas que pareciam boas.
Como era uma viagem on-the-road surfei com os olhos pela primeira vez.


Uns pit-stops da ruta 5 costa central do Chile.





Eu vi um chile rico e organizado, mas pela imprensa brasileira da época eu não veria uma foto como esta feita pela Nane no Chile em 1992.
Um homem vendendo cabritos prontos para assar na beira da estrada na costa desértica chilena, reparem nos sapatos dele...



Mas próximo a La Serena (um enorme balneário urbanizado numa praia) existe alguns lugares chiques na peninsula a costa como La Herradura, até a cidade portuária de Coquimbo mais ao sul.

Ao sul de Coquimbo ainda  temos Totoralillo.
Um lugar de altas ondas, mas quando acampamos uma noite na praia em frente ao pico estava flat, só jet-ski na enseadinha do lado esquerdo... As cabanas na peninsula à beira do Pacifico eram muito caras para nosso salário na epoca, mas pelo menos jantamos a francesa e comemos Jaiva (siri-goiá).



Depois tivemos que ir buscar um oficina Toyota em santiago, mas essa história daria um post à parte, o importante é que aproveitamos para conhecer a bela capital chilena.


La Moneda, etc...


Um detalhe da cordilheira no lado chileno do túnel na volta.


A enorme calha do Rio Mendoza no lado argentino da cordilheira.


A velha Toya  azul 1977 longa no P.N. Aconcágua voltando para casa em 1992.

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